DIA NACIONAL DA LUTA DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA
- Ana Luiza Goularti Brunel
- 12 de nov. de 2019
- 2 min de leitura
Prefeitura municipal cancela a participação e o apoio no Dia Nacional da População de Rua que estava previsto para acontecer dia 18 de agosto de 2018 no Largo da Catedral.

O dia 19 de agosto faz parte da memória e da história das pessoas em situação de rua. É o Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua, em função do que ficou conhecido como o Massacre da Sé, ocorrido na Praça da Sé, em São Paulo, entre os dias 19 e 22 de agosto de 2004, e que foi um dos ataques mais violentos à população de rua. Várias pessoas que usavam a praça como moradia improvisada foram atacadas e houve oito feridos e sete mortos.
Em Florianópolis, um evento foi marcado para o dia 18 de agosto de 2018, no Largo da Catedral. O evento estava sendo organizado pela Rede Rua (Rede Intersetorial da População de Rua de Florianópolis), o MNPR-SC (Movimento Nacional da População de Rua - Santa Catarina) e a Prefeitura Municipal de Florianópolis. O objetivo dos organizadores era criar um espaço de socialização, com apresentações de teatro e música, rodas de conversa, e a divulgação dos serviços e entidades que servem às pessoas em situação de rua, além de homenagear a luta do Dia Nacional da População de Rua.
O PET-História se mobilizou para estar presente no evento, mas um dia antes de sua realização, a prefeitura cancelou a participação e o apoio. Mesmo assim, o Movimento e a Rede Rua se reuniram a fim de manifestar e mostrar resistência em relação a esse constante descaso com a população de rua. Quando comparecemos ao local do evento, pudemos verificar a revolta e a indignação das pessoas em situação de rua, manifestada pacificamente por meio de cartazes com frases como “Queremos ser vistos e ouvidos”, “Temos fome de direito” e “Chega de desigualdade! Queremos visibilidade positiva!”.
O silêncio da imprensa local sobre a realização do evento e a indiferença daqueles que passavam pelo Largo da Matriz, aumentava ainda mais o sentimento de abandono e de marginalização dos manifestantes.
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