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POPULAÇÃO DE RUA NO JORNAL

  • 9 de nov. de 2019
  • 2 min de leitura

Frequentemente, pessoas em situação de rua são assunto nos jornais. Mas de que forma os principais veículos da imprensa caracterizam a população de rua do centro de Florianópolis?



Caso você conheça a praça XV de Novembro, em Florianópolis, com certeza já percebeu que há ali uma concentração de pessoas em situação de rua. Mas você já percebeu como os meios de comunicação apresentam essa situação? Como eles caracterizam as pessoas em situação de rua que ficam na praça? Pois bem, dando uma olhadinha no Notícias do Dia (ND), entre julho de 2018 e março de 2019, já podemos ter uma ideia. O ND é um jornal que pertence ao Grupo RIC TV, está disponível em seu formato impresso, com circulação diária pela região metropolitana da capital; online e televisivo, em programas como SC no Ar, Balanço Geral e RIC Notícias SC. Vamos assistir alguns trechos de programas que o ND fez sobre a população de rua, seguindo uma ordem cronológica do recorte de tempo indicado.



Primeiramente, vamos pensar como o jornal caracteriza a população que ocupa a Praça XV. De forma geral, elas são descritas como usuárias de drogas, infratoras e pessoas que não demonstram vontade de sair da situação de rua. Além disso, em algumas reportagens, a população em situação de rua é associada à atos de vandalismo, no entanto, nenhuma investigação é mostrada para que essa associação seja feita, as matérias apenas induzem a pensar que os chamados vândalos são a própria população de rua. O que percebemos, então, é uma caracterização negativa da população de rua, que não busca ouvir esses indivíduos, entender como eles se vêem, por que estão na praça e se pretendem sair dessa situação. Essa caracterização que o jornal faz não é exclusiva do Notícias do Dia e nem da cidade de Florianópolis, mas sim, mais um exemplo de como a mídia se apropria das representações que estão no cotidiano das pessoas em situações de rua. Isso acontece em vários lugares do mundo, é comum uma parte da imprensa construir imagens pejorativas de grupos sociais marginalizados, o que inclui a população em situação de rua, mas também imigrantes, LGBTQ+, negros, pobres etc.


 
 
 

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Ana Luiza Goularti Brunel - luiza.brunel.ana@grad.ufsc.br
Kassia Rossi - kassia.rossi@grad.ufsc.br
Tiago Kramer de Oliveira - tiago.kramer@ufsc.br

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